Wednesday, February 29, 2012

Cuidados com os ouvidos.


Uma gota de água pode ser pequena em tamanho, mas é capaz de fazer um grande estrago no ouvido. No verão, o perigo de uma inflamação é ainda maior, pois as pessoas tomam mais banhos e mergulham com mais frequência no mar ou na piscina.
Muita gente apela para os pulinhos, batidas na lateral da cabeça e álcool. Mas essas medidas só devem ser tomadas se não houver infecção, pois podem piorar ainda mais a otite e até atingir a região sensível do tímpano, prejudicando a audição.
Portanto, o álcool (uma gota em algodão ou conta-gotas) deve ser usado – junto com movimentos de vaivém da cabeça – desde que a região esteja só com água, sem dor.
iNFO OTITE (Foto: Arte/G1)
Para prevenir a dor de ouvido, que é uma das mais fortes do corpo humano (perde apenas para o parto e a cólica renal), é preciso tomar alguns cuidados que vão além da água.
Isso porque um pouco de tintura de cabelo no ouvido, amamentação com o bebê deitado ou um piercing na cartilagem da orelha também pode desencadear o problema, principalmente se a pessoa tiver uma maior propensão.
Um sinal de que há infecção é a secreção no ouvido, que pode ser escura ou amarelada. Se essa secreção tiver sangue, alerta máximo.
Não use hastes flexíveis dentro do ouvido: elas servem apenas para limpar a parte externa, e não devem ser introduzidas no canal auditivo, que tem cerca de 3 cm.
OTITE 2 (Foto: Arte/G1)
A cera protege e hidrata o ouvido, por isso não a retire. Coceira é geralmente sinal de falta de cera. Já o excesso – que pode aumentar o risco de infecções, por ser um ambiente quente e úmido – deve ser removido por um médico, não em farmácias.
A imunização contra a bactéria pneumococo começou a ser oferecida pelo Ministério da Saúde no ano passado e agora está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). São necessárias quatro doses: aos 2 meses, aos 4, aos 6 e ao completar 1 ano de idade.
Segundo a otorrinolaringologista Tanit Sanchez e a pediatra Ana Escobar, tomar leite materno e a vacina contra pneumonia na infância ajudam a evitar a doença.
No caso do aleitamento, o canal que comunica a boca e o ouvido da criança é mais reto que no adulto, o que facilita a descida do leite. Por isso, é preciso evitar amamentar ou dar mamadeira para o bebê com a cabeça voltada para baixo, pois o leite pode escapar para a tuba auditiva e favorecer infecções.



Tuesday, February 28, 2012

Infecção de ouvido pode causar Surdez?


A infecção do ouvido médio, conhecida entre os médicos como otite média, é a doença mais comum nos bebês e nas crianças pequenas. Pesquisadores estimam que pelo menos 75% das crianças enfrentam no mínimo uma infecção deste tipo durante os três primeiros anos de vida. Quase 50% têm três ou mais infecções de ouvido durante estes primeiros anos.

É claro que as crianças não são as únicas a ter infecções de ouvido. No entanto, são elas as maiores vítimas. Os adultos são mais suscetíveis a infecções do ouvido externo, conhecida como "otite dos nadadores", porque em geral começa quando a água contendo bactérias ou fungos infiltra-se e fica retida no canal auditivo.

Para entender como as infecções do ouvido médio se desenvolvem, é bom saber como funcionam os ouvidos saudáveis. O ouvido externo se conecta a uma cavidade cheia de ar chamada de ouvido médio. O tímpano, uma membrana fina, fica esticado na entrada dessa cavidade e três pequenos ossos que conduzem o som estão suspensos dentro dela. A pressão dentro da cavidade do ouvido médio se iguala à da atmosfera através de um tubo estreito, chamado de tuba auditiva (anteriormente denominada trompa de Eustáquio). A tuba auditiva se abre em uma cavidade atrás do nariz por onde ar e fluidos podem entrar ou sair. A pressão do ar no ouvido médio é equalizada toda vez que engolimos geralmente sem que percebamos. A tuba auditiva também conduz fluidos do ouvido médio.

Quando temos um resfriado ou uma alergia, a tuba auditiva incha e o ar é absorvido pela parede do ouvido médio, criando um vácuo parcial. O tímpano é então puxado para dentro e os fluidos escorrem da parede do ouvido médio. As bactérias ou vírus do nariz e da garganta podem migrar pela tuba auditiva e infectar o fluido quente e parado do ouvido médio, que proporciona um ambiente perfeito para elas viverem e se multiplicarem. Quando isso acontece, uma infecção está a caminho.

As crianças podem ser mais suscetíveis a infecções do ouvido médio por uma série de razões. Nelas, por exemplo, as tubas auditivas são menores e mais retas do que nos adultos, o que pode facilitar a penetração de bactérias e vírus. As crianças também pegam resfriados e dores de garganta com mais freqüência. Além disso, o sistema imunológico não está completamente desenvolvido durante a infância.



Monday, February 27, 2012

Música alta e batuques podem causar danos à audição


Música alta e batuques podem causar danos à audição

Sensação de abafamento e zumbido podem ser sinal de lesão.
Veja dicas de especialistas para evitar prejuízos ao sistema auditivo.


Mestre Adamastor (Foto: Raul Zito/G1)Mestre Adamastor, da Acadêmicos do Tucuruvi, diz que já perdeu parte da audição (Foto: Raul Zito/G1)
Abafamento nos ouvidos, zumbido e sensação de surdez por minutos e até horas. Esses são alguns dos sintomas comuns a quem festeja o carnaval ao som do batuque das baterias e música alta. Mas o que nem todos sabem é que a exposição prolongada ao barulho excessivo pode causar prejuízos irreversíveis à audição se alguns cuidados não forem tomados.
No carnaval, de acordo com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial, medições de anos anteriores chegaram a apontar uma intensidade de som de 120 decibéis, seja na folia pelas ruas, ao som de trios elétricos, ou no sambódromo. O ouvido humano, no entanto, suporta apenas uma intensidade de até 85 decibéis. A Associação estima que cerca de 20% dos brasileiros sofram com algum tipo de perda auditiva.

“O ouvido humano suporta, em média, sons de até 85 decibéis por cerca de oito horas diárias. Se o som atinge 110 decibéis, a tolerância cai para apenas meia hora. E no caso de 120 decibéis, seriam apenas 15 minutos de tolerância para evitar traumas e danos”, explica Marcelo Hueb, presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial.
A exposição prolongada ao barulho, como é o caso de trabalhadores de fábricas e indústrias que não protegem os ouvidos, pode levar à perda definitiva da audição. O mesmo pode acontecer, segundo Hueb, em caso de exposição a som muito alto, mesmo que por um curto período. “No carnaval, os foliões costumam ficar muito perto das fontes de som e expostos durante horas, sem descanso para os ouvidos. Isso pode causar sérios problemas”, diz.

Há 39 anos à frente da bateria da Vai-Vai, o Mestre Tadeu afirma que faz acompanhamento médico para evitar problemas auditivos, mas garante que nunca teve nenhum sintoma. “Ensaiamos cerca de quatro horas por dia e não costumo usar protetores, mas nunca tive problemas. Em todos esses anos tivemos apenas um caso de uma pessoa que começou a perder a audição, mas ainda assim eu prefiro que a bateria não use o protetor porque pode atrapalhar o andamento do ritmo durante o desfile”, afirma.

A rainha Priscila Bonifácio, que desfila junto à bateria da Unidos de Vila Maria, acredita que a adrenalina dos ensaios e do desfile “anestesia” o corpo para qualquer incômodo. “A gente sabe que o barulho não faz bem, mas nunca senti nada. Sou rainha de bateria há três anos e se puder vou sambar no meio dos ritmistas. É maravilhoso. Uma emoção e uma adrenalina que superam qualquer coisa”, conta a musa, de 30 anos.
Apesar da resistência de Mestre Tadeu e Priscila, Hueb afirma que as pessoas que se expõem prolongadamente ao barulho não têm o ouvido “treinado”. “Alguém que fica diretamente exposto ao ruído só não sente os efeitos se for extremamente resistente ou porque ainda não deu tempo de aparecerem os zumbidos causados pela permanência crônica no barulho.”

O otorrinolaringologista Pedro Luiz Mangabeira Albernaz, do Hospital israelita Albert Einstein, e professor da Escola Paulista de Medicina, explica que os sintomas de lesões auditivas podem demorar a aparecer. “Estudos apontam que o trauma acústico pode levar até dez anos para atingir o seu máximo. Um operário submetido a um ruído acima do permitido pode levar dez anos para sentir os sintomas. Esse é o aspecto mais traiçoeiro dos problemas auditivos”, explica.

No caso do Mestre Adamastor, foram necessários 17 anos para sentir os efeitos da exposição ao som alto. Ele comanda a bateria da Acadêmicos do Tucuruvi e procura usar protetores para evitar danos ainda maiores. “Eu já perdi parte da minha audição em virtude de todos esses anos à frente da bateria. Hoje procuro usar protetores sempre que possível, principalmente às vésperas do carnaval, quando os ensaios são mais frequentes. Os agudos da bateria são muito prejudiciais. É preciso cuidado”, conta Mestre Adamastor, que recomenda o uso de protetores por seus ritmistas e demais integrantes da escola.

O técnico de som da Acadêmicos do Tucuruvi, Yves Garcia, confirma a intensidade preocupante do som nos ensaios e desfiles de carnaval. “Na quadra, durante os ensaios, chegamos a registrar um som de cerca de 120 decibéis, porque o ambiente é fechado. No sambódromo, por ser aberto, fica um pouco mais ameno, em torno de 100 decibéis, mas o cuidado ainda assim é imprescindível”, diz.

Com perceber os excessos
Um bom indicador de que o ambiente não está adequado para a saúde dos ouvidos, segundo especialistas, é o nosso tom de voz ao conversar. “É automático que, em locais muito barulhentos, nós aumentemos o volume da voz durante uma conversa. Isso já indica que o ambiente não está adequado”, afirma Albernaz.
Em caso de exposição intensa ao som alto, vale destacar que se o zumbido ou sensação de abafamento durarem por mais de três dias, a recomendação é procurar um especialista para verificar se houve alguma lesão.

Dicas para a folia
O uso de protetores auriculares de silicone moldável é bastante recomendado para os foliões que querem evitar problemas auditivos sérios neste carnaval, porém o acessório pode atrapalhar a comunicação e, por isso, especialistas consideram que o índice de utilização do protetor seguirá muito baixo durante os festejos.
“Seria muito otimista achar que as pessoas irão usar o protetor, então uma boa dica é fazer intervalos de 10 minutos longe do barulho, a cada 30 minutos. Assim o ouvido tem tempo para se recuperar”, orienta Albernaz. Outra dica importante é ficar a uma distância de pelo menos 10 metros da fonte sonora.


Thursday, February 23, 2012

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Sintomas da perda auditiva
Principais sintomas de quem está perdendo a audição:

1 - Pede-se para repetir várias vezes ou isola-se socialmente;
2 - Dificuldade para ouvir em ambientes barulhentos;
3 - Zumbidos, chiados ou apitos no ouvido;
4 - Aumenta o volume da TV e rádio;
5 - Sensação de ouvido tampado, pressão e estalos no ouvido;
6 - Irritabilidade;
7 - Finge que entendeu o que foi conversado, tendo dificuldade em admitir a perda auditiva e procura ajuda;
8 - Evita situações comunicativas;
9 - Dificuldade de ouvir ao telefone.
Sintomas comuns apresentados por crianças com perda de audição:
1 - Não reagir a sons de forte intensidade como: batidas de portas, buzinas, etc.
2 - Não responder quando chamado;
3 - Assustar-se ao ouvir sons fortes;
4 - Imitar os sons que ouve ou brincar com a própria voz;
5 - Criança que demora para falar (com um ano e seis meses a criança já fala algumas palavras isoladas).
O que fazer frente a algum destes sintomas?
1 - Consultar um médico otorrinolaringologista (especialista em ouvido, nariz e garganta);
2 - Consultar um fonoaudiólogo para realizar exames audiológicos e caso necessário realizar testes para adaptação aparelhos auditivos.
http://www.unitronbrasil.com.br/people/hearingloss/symptoms.htm


Telefone (Brasil): 0800-020-4920
Estados Unidos: +1(407)705-3059
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Conheça o Dr. Al Turri, Au.D. Fundador e Diretor
Al Turri, Au.D., fundou a Hearing & Dizziness Wellness Center em 01 de julho de 2009. Como diretor da clinica, Dr. Turri avalia e trata da audicao, zumbido e disturbios do equilibrio.
Nascido em Rochester, NY, Dr. Turri se mudou para Miami, FL com sua familia aos 6 anos de idade.
Graduado na USF, Universidade do Sul da Florida, Dr. Turri possui Master Degree and Audiologia.
Seu interesse em audiologia e terapia auditiva deu-se em uma idade adiantada, ainda que indiretamente, quando o timido garoto de 8 anos de idade foi encaminhado para a terapia por um problema de fala.



Carreira de Fonoaudiólogo

No dia 09 de dezembro comemorou-se o Dia do Fonoaudiólogo. Quando pensamos na profissão que um fonoaudiólogo exerce, logo nos vem à mente, que ele apenas trata crianças com deficiências auditivas e vocais. Porém, a fonoaudiologia é uma carreira nova em relação às outras profissões da saúde, tem 27 anos de reconhecimento, e possui um leque cada vez maior de opções e especialidades.
“O fonoaudiólogo hoje é visto como um profissional que reabilita e aperfeiçoa a comunicação. Antigamente ele cuidava de pacientes que sofriam AVC (derrame cerebral), e por isto as pessoas costumam associar a profissão com o tratamento das patologias vocais e auditivas.”, afirma Ana Elisa Moreira, fonoaudióloga e diretora da Univoz, consultoria especializada em comunicação profissional, principalmente nas áreas de atendimento aos clientes.
De acordo com Ana Elisa, atualmente o fonoaudiólogo pode atuar em diversas áreas relacionadas ao aprimoramento da comunicação. “Podemos encontrar estes profissionais nas escolas, nos hospitais, nas clínicas, postos de saúde, televisões, teatros, e recentemente nas empresas. Aqui na Univoz, desenvolvemos um trabalho multidisciplinar, principalmente nos call centers, que cresceu muito nos últimos anos. O atendente precisa passar segurança ao cliente por meio da voz, e para isto há técnicas”, afirma.
Recentes estudos concluíram que a comunicação é uma das principais habilidades a ser avaliada numa entrevista de emprego, por exemplo. Pois, não adianta o profissional ter todo o conhecimento técnico necessário, porém não saber comunicar e passar adiante estas informações. Há também grandes executivos que precisam falar em público perfeitamente, ou pessoas que têm a voz como principal instrumento de trabalho, e para isto precisam criar uma série de técnicas para cuidar de suas saúdes vocais.
Para atender esta demanda, a Univoz possui atualmente 28 profissionais treinados que ministram cursos, treinamentos e palestras em todo o Brasil. Ana Elisa Moreira também acaba de receber uma premiação pelo trabalho de mestrado realizado o ano passado, que mostra que a comunicação oral dos operadores de telemarketing tem impacto direto relacionamento cliente-empresa. “Este prêmio é o reconhecimento de um trabalho minucioso. Pois este estudo reforça a necessidade de orientação e treinamento desses operadores sobre como comunicar-se melhor com os clientes para construir uma imagem positiva dos serviços prestados”, conclui Ana Elisa.
Para quem está pensando em ingressar na profissão, a fonoaudióloga, dá algumas dicas: “Eu sou completamente apaixonada pela Fonoaudiologia. Há trabalhos belíssimos sendo realizados por colegas de profissão com desenvolvimento infantil, como também há um campo muito promissor no âmbito corporativo e empresarial. A carreira é nova, e vejo que ela está cada vez mais promissora. Aos futuros colegas, que optarem por este caminho, creio que terão uma linda trajetória a percorrer”, conclui Ana.
Do outro lado
Tatiana Franco é uma fonoaudióloga que trabalha com o oposto de Ana Elisa. Especializada em Voz, ela atua há mais de oito anos com fonoterapia. A fonoterapia compreende todas as terapias relacionadas aos problemas neurológicos para a reabilitação da fala, voz, e outras funções da musculatura vocal.
“Meu dia-a-dia são com os pacientes que por alguns motivos perderam a fala, ou têm problemas com a deglutição, que é a capacidade que temos de engolir alimentos. Geralmente são crianças que já nasceram com problemas neurológicos, ou adultos que sofreram algum tipo de acidente. Dependendo da lesão cerebral, conseguimos uma recuperação quase que total do paciente”, afirma Tatiana.
Para Tatiana, o profissional de fonoaudiologia tem de se especializar cada vez mais. Pois, assim ele consegue ter um retorno de sucesso em sua carreira mais rapidamente. “Antigamente, nós éramos considerados como profissionais totalmente genéricos, que sabiam fazer um pouco de tudo. Hoje, percebo que estamos cada vez mais especialistas numa determinada área. Há tratamentos e patologias muito específicas, que somente um fonoaudiólogo especializado pode atuar”, afirma Tatiana.
Segundo ela, a fonoaudiologia é uma carreira altamente promissora, com várias possibilidades de trabalho. Justamente por ainda não ser uma profissão totalmente reconhecida como deveria ser. “Há pessoas que acham que estes tratamentos são para pessoas com um poder aquisitivo maior, o que não é verdade. Logo, vejo que há ainda muita informação a ser explorada e uma amplitude de conhecimentos sobre nós que não chegaram ainda à sociedade. Contudo, nossa área tende a crescer cada vez mais nos próximos anos”, conclui Tatiana, que também ministra cursos e palestras de fonoterapia em São Paulo.

Wednesday, February 22, 2012

A escolha do tamanho do aparelho auditivo depende basicamente de três fatores: tamanho do canal auditivo, grau da perda auditiva e preferência pessoal. Esses fatores relacionam-se e dependem muito um do outro.
 
Para compreendermos melhor o fator tamanho do canal auditivo, é necessário sabermos como é um aparelho auditivo internamente e como é realizada sua confecção.
 

O aparelho auditivo é um sistema de amplificação sonora que possui basicamente três componentes: amplificador, receptor e microfone. Nos aparelhos que se inserem dentro do canal esses componentes possuem no mínimo o tamanho de um grão de feijão. Todos devem ser inseridos em uma cápsula. Essa cápsula é confeccionada em material acrílico e, é feita a partir de um pré-molde da orelha. O pré-molde é uma cópia fiel da anatomia da orelha do indivíduo conseguida através da inserção de uma massa específica para moldagem no conduto auditivo. Para a colocação de todos os componentes dentro desta cápsula é necessário que o canal auditivo tenha um diâmetro considerável e não possua curvas muito acentuadas, pois esses componentes não são maleáveis e precisam de espaço entre si, para um bom funcionamento. Podemos dizer que o tamanho do aparelho é proporcional ao diâmetro e comprimento do canal auditivo.
 
A perda auditiva também influi no tamanho do aparelho. Mesmo com o avanço da microtecnologia, pessoas portadoras de perda auditiva profunda ainda não podem ser beneficiadas com aparelhos auditivos totalmente dentro da orelha.  Isto por que quanto menor o tamanho do aparelho, menor será sua potência. Mas sabemos que cada caso é um caso e, antes de mais nada, deve-se realizar uma avaliação para a confirmação do tipo de perda auditiva e, posteriormente um teste de prótese para análise de qual aparelho se adaptará melhor ao caso.
 
A preferência pessoal sempre é levada em consideração. O profissional habilitado para testar o aparelho tentará adaptar no paciente um aparelho que seja o mais discreto possível, mas que também possua a potência adequada para suprir sua perda auditiva.
 
Nem sempre o modelo mais adequado em termos de potência sonora terá o tamanho que gostaríamos ou que havíamos imaginado. Mas vale lembrar que o primordial é levarmos em consideração os benefícios que esse aparelho irá nos trazer. Por isso devemos ter bom senso para escolher o aparelho que nos trará uma qualidade sonora melhor independente de seu tamanho. O tamanho do aparelho passará despercebido quando compararmos com a melhora na qualidade de vida que irá nos proporcionar.




Tuesday, February 21, 2012

PROBLEMAS DE AUDIÇÃO EM ADOLESCENTES

O Mundo Está Ficando Surdo

O mundo lá fora anda mais barulhento, não resta dúvida, e o excesso de ruído pode ser ainda maior para as novas gerações, que não vivem sem aparelhos sonoros em casa, no carro ou direto no ouvido (tocadores de MP3 ou iPods).

No Canadá, mais de um milhão de pessoas têm problema de audição, e a superexposição ao barulho é responsável por 33,7% dos casos. No Brasil, de acordo com o IBGE, 5,7 milhões de pessoas têm algum grau de insuficiência auditiva.Além disso, um estudo sobre conservação auditiva realizado em 2000, com mil estudantes entre 17 e 23 anos de uma universidade em São Paulo, revelou alterações da audição em 20,5% dos exames audiométricos.

Quando ouvimos bem, o ouvido externo capta a onda sonora e a “afunila” para dentro do canal auditivo até o tímpano, no ouvido médio. O tímpano vibra; o som é amplificado e transmitido para a cóclea, ou ouvido interno. Neste tubo cheio de líquido, milhares de pequeninas células ciliadas flexionam-se e dobram-se em resposta às vibrações. Elas geram impulsos elétricos que se propagam pelo nervo auditivo até o cérebro, que então as transforma em informação sonora. Qualquer imprevisto ao longo do caminho pode causar problemas. Se o som não consegue atravessar o ouvido médio, você tem a chamada perda auditiva condutiva. Ela pode ser causada por grande variedade de doenças e condições, como acúmulo de cera ou infecção bacteriana, e não costuma durar muito. Os tratamentos em geral são bem-sucedidos e só ocasionalmente uma cicatriz causa dano permanente.No entanto, a lesão do ouvido interno, ou perda auditiva neurossensorial, tem mais probabilidade de ser irreversível.

O Dr. Antônio Lobo, professor de Otorrinolaringologia da Universidade Federal de Minas Gerais, explica que as células ciliadas do ouvido interno formam a estrutura nobre do aparelho auditivo. Se forem lesionadas, haverá prejuízo na percepção das freqüências sonoras na região atingida do ouvido interno. No caso de trauma acústico, por exemplo, a lesão ocorre principalmente na região onde estão as células responsáveis pela percepção de sons agudos. Nesse caso, há perda na capacidade de se discriminarem palavras ou sílabas que apresentem maior concentração de agudos.

Segundo o Dr. Luiz Carlos Alves de Sousa, presidente da Sociedade Brasileira de Otologia e coordenador da Campanha Nacional de Audição, “de todas as causas que levam à surdez, a exposição ao barulho é uma das poucas que podemos evitar. O problema é que a lesão auditiva não acontece da noite para o dia: é cumulativa. Uma hora usando um iPod acima de 100 decibéis hoje, somada a outras, pode, com o tempo, dificultar a compreensão durante a conversa”. Enquanto muitos trabalhadores usam protetores auriculares, as pessoas em geral não se preocupam com o barulho durante o lazer.

Para preservar a audição, é preciso estar atento à altura do som que ouvimos e ao tempo que ele dura. Qualquer tipo de ruído – um rock, uma sinfonia ou o barulho de uma máquina – pode causar problemas. A gravidade do dano depende da combinação entre tempo de exposição, intensidade (altura) e a suscetibilidade de cada pessoa. “Às vezes, há vários aparelhos ligados em casa, como máquina de lavar, microondas e computador, e os ruídos vão se somando sem que percebamos. É importante ficar alguns minutos em silêncio para dar descanso às células ciliadas”, aconselha a Dra. Eliane Schochat, presidente da Academia Brasileira de Audiologia.

MP3 Players Podem Causar Surdez

Aparelhos de MP3 como iPods e outros menos famosos podem contribuir para o risco de perda autiditiva, segundo alguns especialistas. O motivo seria a capacidade das baterias, que os mantém em funcionamento por quase 1 dia ininterrupto e, o design do fones de ouvido, que são de uso interno que causam mais problemas do que os antigos que cobrem os ouvidos. “Os fones de inserção são mais perigosos porque potencializam o som. Quando a fonte sonora é externa, há uma perda de energia vibratória no caminho entre ela e o ouvido. Com o fone dentro do ouvido, a energia vai toda”, comenta a fonoaudióloga Adriana Giora, do Centro Auditivo Telex no Rio de Janeiro. O especialista Yotaka Fukuda, professor de otorrinolaringologia da Unifesp, explica que o abuso do aparelho culmina na degenaração das células sensoriais localizadoas na cóclea, parte mais interna do ouvido, que transforma ondas mecênicas em sinais elétricos que posteriormente são enviados para o cérebro. No entanto, essas células tem limite de resistência à energia sonora. Fukuoka adverte que, se ao desligar o aparelho o usuário tem a sensação de estar ouvindo menos, então é melhor começar a se cuidar. Portanto, pessoas que adoram esses aparelhos, como eu e você, devemos moderar no volume e horas que passamos expostos a estes, senão daqui a algum tempo podemos ter problemas de audição.

Audição de jovens e adultos é afetada por MP3 players, diz estudo...

São Paulo - Pesquisa norte-americana ilustra que uso prolongado de players e handhelds diminui número de estudantes sem problemas auditivos.

O iPod não é tão responsável pela surdez de adolescentes e jovens como se acreditava. Pesquisa divulgada pela Associação Norte-Americana da Linguagem-Discurso-Audição afirma que, embora estudantes de faculdade apresentem mais falhas de audição que as gerações anteriores, são os adultos que abusam da música alta em seus players.

De acordo com o estudo, jovens que estão na faculdade são mais propensos a experimentar três dos quatro motivos de perda de audição: 28% deles admitem aumentar o volume da TV, enquanto 29% afirmam pedir que o interlocutor repita palavras durante uma conversa e 17% escutem barulhos em condições de silêncio.

Os adultos ouvidos pela pesquisa não ficam muito atrás nos dados citados acima - apresentam taxas de 26%, 21% e 12%, respectivamente.

A associação afirma que o fato mais assustador da pesquisa é a diferença entre os adolescentes e adultos que alegaram não ter problemas de audição. Enquanto 63% dos adultos disseram não enfrentar dificuldades para ouvir, apenas 49% dos estudantes afirmaram o mesmo.

Na suposta causa da crescente perda de audição, o uso de aparelhos eletrônicos como MP3 players e handhelds, as duas gerações se dividiram. Enquanto os jovens estão duas vezes mais propícios a usar um iPod, por exemplo, no volume máximo (13% contra 6%), são os adultos que usam o aparelho por um tempo mais longo - 43% deles usam entre uma e quatro horas diárias, enquanto 9% revelaram usar por mais tempo.

O estudo ainda descobriu que o perfil que tem sua audição mais afetada é dos homens jovens. Apenas 10% dos entrevistados também revelaram aprender os perigos da perda de audição com amigos e família.

Ainda que admita que o uso de aparelhos no volume máximo por muito tempo possa se tornar, "eventualmente, o responsável pela perda permanente de audição do usuário", o estudo da associação diz não conseguir apontar outros motivos que causem os problemas auditivos.

Fones de ouvido muito pequenos podem afetar audição dos usuários

O uso de toca-MP3 pode afetar, a longo prazo, a audição daqueles que utilizam o aparelho com freqüência. A possibilidade (já cogitada no tempo dos antigos walkmans) agora conta com um agravante: o tamanho reduzido dos fones de ouvido. Estes acessórios também são utilizados com discmans e telefones celulares.

O médico Brian Fligor, da Harvard Medical School, pesquisou diversos tipos de fones e descobriu que, quanto menores os acessórios, maiores as chances de perda parcial da audição. A pesquisa foi divulgada na publicação norte-americana "Ear and Hearing".

A diferença de níveis sonoros entre os fones grandes (uso externo) e os mais modernos, que se "encaixam" na orelha, fica por volta de nove decibéis. "Pode não parecer muito, mas seria como comparar o barulho de um despertador (80 decibéis)ao de um cortador de grama (90 decibéis)", explica o jornal "The New York Times".

Outro estudo, também citado pelo diário, mostra que os fones modernos não são tão eficientes quanto os antigos na hora de bloquear sons ambientes --o barulho dos carros em uma rua movimentada, por exemplo. Por isso, os usuários tendem a aumentar ainda mais o volume quando utilizam os pequenos acessórios.

O Laboratório Nacional de Acústica em Sidney, na Austrália, afirma que 25% dos usuários de iPod mantêm em seus aparelhos um volume que pode causar problemas de audição a longo prazo. A pesquisa, diz o "NYT", refere-se ao uso do toca-MP3 da Apple.

Questões:

1-)Como prevenir a perda de audição?
R:Para preservar a audição, é preciso estar atento à altura do som que ouvimos e ao tempo que ele dura. Qualquer tipo de ruído(um rock, uma sinfonia ou o barulho de uma máquina) pode causar problemas. A gravidade do dano depende da combinação entre tempo de exposição, intensidade (altura) e a suscetibilidade de cada pessoa.

2-)Por que o fone de ouvido é prejudicial e qual a intensidade e o tempo máximos de exposição que o ser humano suporta diariamente?
R:Pela simples razão: se você extrapolar os limites de tempo de exposição e intensidade sonora, sem dúvida você terá lesão auditiva. Como regra geral 85 decibéis(oito horas diárias) é a intensidade e o tempo máximos de exposição que o ser humano suporta diariamente.

3-)As lesões causadas pelo uso contínuo, e alto volume de ipods, MP3 players são reversíveis?
R:Não.Muito pelo contrário, com a evolução, são completamente irreversíveis.No início do abuso existe um perda de audição transitória, que se recupera após um "descanso" auditivo. Porém, após algum tempo, essa recuperação não mais acontece e a perda de audição vai se tornando progressivamente maior. 1

Monday, February 20, 2012

Cuidados com Aparelhos Auditivos

CUIDADOS COM AS PILHAS

Use sempre pilha própria para aparelho auditivo e no tamanho correto antes de comprar.

Use somente pilha de Zinco (específica pra aparelho auditivo).

Antes de colocar a pilha nova retire o lacre (selo de proteção) e aguarde aproximadamente um minuto para utilizá-la da primeira vez;

Só retire o lacre quando for usar a pilha, para evitar que a pilha descarregue.

Sempre encaixe a pilha no compartimento da gaveta de pilha.

Evite deixar várias pilhas juntas ou contato com objetos magnéticos (imãs), para que não descarregá-las.

Tenha sempre uma pilha reserva por perto.

Guarde as pilhas em local seco, seguro e fora do alcance de crianças e animais.

Nunca jogue sua pilha descarregada no lixo comum, leve para um posto de recolhimento (informe-se com a sua fonoaudióloga).



CUIDADOS COM O APARELHO

Manuseie sua prótese com as mãos limpas e secas, com cuidado, em cima de uma mesa, cama ou poltrona, para evitar danos e quedas.

Proteja o aparelho auditivo da umidade. Remova-o da orelha antes de banhos, duchas e mergulhos. Não o deixe no banheiro, onde pode sofrer danos causados pela umidade. Seque a transpiração dentro e em volta da orelha regularmente. A umidade pode danificar o circuito eletrônico do aparelho auditivo. Recomendamos que o compartimento da pilha seja aberto à noite, bem como o uso do desumidificador.

Proteja-o do calor. Jamais deixe seu aparelho auditivo onde possa ser danificado pela ação do calor extremo. Proteja-o da luz direta do sol (em casa e no carro estacionado) e não o deixe perto de radiadores.

Mantenha o aparelho auditivo em local seguro. Quando não estiver usando, mantenha-o sempre no estojo ou no recipiente especial secante (desumidificador). Tire as pilhas se não for usá-lo por algum tempo.

Nunca coloque o aparelho solto no bolso, para não perdê-lo ou danificá-lo.

Mantenha seu aparelho auditivo fora do alcance das crianças e bichos de estimação, pois podem colocar na boca, mastigá-los e até engoli-los Os cachorros ficam irritados com a microfonia (apito), e também são atraídos pelo cheiro do dono.

Evite contato com maquiagem e spray de cabelo. As finas partículas produzidas pelas mesmas podem facilmente bloquear a entrada do microfone. Sempre retire seu aparelho auditivo antes de usar esses produtos.

Limpe o aparelho auditivo com cuidado, com um pano macio e seco. Álcool, solventes e multiusos podem danificar o circuito eletrônico.

Jamais tente consertar o aparelho auditivo, leve-o para avaliação (a cada 6 meses). Chaves de fenda e óleo podem ser fatais para o aparelho auditivo. O simples toque nos componentes eletrônicos pode causar danos irreparáveis.




Friday, February 17, 2012

Surdez: Problema que Merece uma Atenção Especial

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, 10% da população mundial tem algum déficit auditivo. Já a chamada "surdez severa" incide em uma em cada mil pessoas nos países desenvolvidos e em quatro em cada mil nos países subdesenvolvidos. No Brasil, calcula-se que 15 milhões de homens e mulheres tenham algum tipo de perda auditiva e que 350 mil nada ouçam.

O ouvido é o órgão que capta esse som, transforma-o em estímulos elétricos e os envia ao nervo auditivo, para que cheguem ao cérebro. Ali, eles são decodificados como uma palavra, ou como uma canção. Quando esse precioso mecanismo apresenta falhas, surgem as deficiências auditivas, que podem ter vários graus e culminar na surdez total. O som é energia mecânica de vibração do ar


A surdez tem a sua classificação de acordo com a área do ouvido que apresenta a deficiência. Quando ela está relacionada a problemas do ouvido interno, cóclea, labirinto ou nervo auditivo (que transmite as informações geradas no ouvido até o cérebro), chama-se surdez neurossensorial. Normalmente é de difícil tratamento e possui intensidades variadas. Muitas vezes é total. Podem surgir por causas congênitas e hereditárias, ou em razão de doenças sistêmicas, drogas tóxicas para o ouvido, trauma acústico sonoro e envelhecimento. O outro tipo é a surdez de condução do som do meio externo para o ouvido interno. Tudo o que obstrui a passagem do som, como as "rolhas" de cera e as otites (inflamações do ouvido), causa essa surdez, além de problemas na membrana timpânica nos ossinhos do ouvido que amplificam o som. Podemos citar ainda nesse grupo a surdez transitória, que acontece quando se está gripado ou se desce a serra ou, ainda quando se viaja de avião. Felizmente, na maior parte dos casos, a surdez de condução pode ser revertida por meio de tratamentos clínicos ou cirúrgicos.


Unilateral


Caso a deficiência auditiva seja unilateral, causará poucos problemas, pois há a compensação do outro lado. Se atingir os dois ouvidos e, dependendo do grau, causará dificuldades sociais e de comunicação. No idoso, costuma gerar isolamento, o que pode levar à depressão e a problemas no trabalho e de relacionamento.


Na criança, se a deficiência aparece já nos primeiros anos de vida, poderá causar distúrbios ou atrasos na aquisição de linguagem, além de problemas no desenvolvimento intelectual e de aprendizado. A detecção e a correção da doença devem ocorrer o quanto antes.


Formas de Prevenção


A prevenção é palavra-chave, pois é possível prevenir alguns tipos de surdez, um exemplo: a
rubéola é uma doença contagiosa que ataca gestantes nos primeiros meses de gravidez e pode afetar seriamente o desenvolvimento normal do aparelho auditivo do feto e causar a surdez infantil. São instrumentos de prevenção: a vacinação contra a rubéola em mulheres antes da gravidez; o tratamento de doenças como a sífilis, a toxoplasmose e o citomegalovírus; a imunização contra a meningite meningocócica; o tratamento adequado de otites na infância; e a precaução no uso de medicamentos potencialmente tóxicos para o ouvido. Infelizmente, poucos hospitais e maternidades hoje fazem exame de audição em recém-nascidos.

Ele é importante porque, se a deficiência auditiva não for percebida a tempo, causará alterações no desenvolvimento normal das vias auditivas cerebrais por falta de estimulação. Em casa e na escola, é importante observar o comportamento da criança. Atrasos no desenvolvimento da linguagem e da comunicação, alterações de comportamento, dificuldade no aprendizado e isolamento são indícios que pedem exames. Nas empresas e indústrias, testes de audição periódicos e proteção de ouvido para empregados expostos a muito barulho ajudam a prevenir a surdez ocupacional, relacionada a ruídos em ambiente de trabalho. De modo geral deve-se evitar a exposição a ruídos que agridam o ouvido.


Os especialistas no assunto lembram que a surdez de condução pode ser tratada com medicamento ou cirurgia. Já a surdez neurossensorial dificilmente tem solução. Por isso, é necessário que se procure um especialista a qualquer sinal de perda de audição. Um diagnóstico precoce do problema pode impedir a progressão da surdez e, em casos raros, saná-la. Na
presbiacusia (surdez do idoso), a perda de audição se deve ao desgaste provocado pelo envelhecimento. Nos casos em tratamento, a melhor opção para recuperar a audição é a prótese auditiva (aparelho de surdez). É fundamental ainda ressaltar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do problema auditivo, na infância, como forma de evitar que crianças tenham seu desenvolvimento afetado pela surdez.

Audição e Fala


A audição é essencial para o desenvolvimento da fala, da linguagem, da socialização e de outras formas de comportamento. Sem a audição a criança tende a se afastar do seu meio ambiente, isola-se, e pode ter a aparência de criança retardada, com distúrbios emocionais e de aprendizagem. Torna-se claro que a audição deve ser testada em qualquer criança que venha para avaliação de distúrbios do desenvolvimento.


Classicamente, surdez é descrita como perda de audição para determinado número de decibéis e freqüentemente não se leva em conta o aspecto funcional da audição, como propósito de comunicação. Ouvir não é apenas escutar; implica numa interpretação ótima de sons levando à produção de pensamento e linguagem.


As perturbações da audição podem ser classificadas em quatro categorias: por condução, neurossensorial, mista e central. O déficit de audição por condução envolve perturbação da área do ouvido responsável pela transmissão mecânica de sons, portanto limitada à patologia do ouvido externo e médio (por exemplo, má formação congênita, cerúmen, infecção). Quase sempre a redução da audição não é total, e pode, na maioria das vezes, ser resolvida do ponto de vista médico. A maioria dos casos de déficit auditivo por condução se relaciona diretamente com disfunção da trompa de Eustáquio, devido à
infecção das vias aéreas superiores, obstrução tubária, secreção de líquido no ouvido médio e posterior infecção.

A perda de audição neurossensorial resulta de dano no ouvido interno e nas fibras nervosas associadas. Tais lesões são usualmente permanentes, levando ao déficit sensorial e distorção dos sons, perturbando a discriminação auditiva mesmo daqueles sons ouvidos. O déficit neurossensorial pode ser congênito ou adquirido e as causas mais comuns são defeitos genéticos, infecções viróticas e bacterianas, uso de drogas ototóxicas e exposição contínua a ruídos de alta intensidade. Quanto mais precoce é a perda, e mais severo o déficit, mais dramático é o efeito sobre o aprendizado da fala e da linguagem, e sobre outros tipos de comportamento.


A perda de audição de origem central é muito mais difícil de ser determinada em crianças porque existem muitas vias pelas quais o estímulo sonoro chega até o córtex cerebral.


De modo geral, os testes utilizam a fala para o diagnóstico, requerendo resposta verbal do paciente. Por esse método, apenas quando as lesões são unilaterais elas podem ser identificadas. Dessa forma, a patologia central é mais freqüentemente presumida, depois de excluída uma anormalidade periférica da função auditiva através da anamnese e exame físico. Mesmo captando e transmitindo os sons, o paciente é incapaz de utilizar os estímulos auditivos para finalidade de comunicação. O que já está demonstrado é que as lesões centrais não produzem déficit de audição do tipo observado nas lesões periféricas (por exemplo mensurável através da audiometria). Do ponto de vista prático, a criança seria incapaz de utilizar os estímulos sonoros para propósitos funcionais. Das lesões centrais, apenas os tumores poderiam ter soluções do ponto de vista médico, sendo as demais abordadas como seqüelas, através de educação especializada e foniatria.


Fala e Voz - Um Caminhar Junto


A comunicação verbal está relacionada à possibilidade do indivíduo receber, perceber e elaborar simbolicamente os sons, e planejar e executar os movimentos articulatórios adequadamente. Estas são peculiaridades próprias do sistema nervoso central do ser humano, que o diferencia dos outros animais.


A linguagem pode ser definida como a maneira pela qual as experiências e as idéias são comunicadas para outras pessoas. A compreensão e expressão envolvem uma conceituação de formas simbólicas (palavras) e sua combinação dentro de determinadas normas (gramática).


A fala é o ato motor da produção dos sons, a qual envolve a respiração, fonação, ressonância e articulação. É claro que a aquisição e desenvolvimento de bons padrões de comunicação dependem de circunstâncias externas ao indivíduo, desde que o sistema simbólico de cada língua seja aprendido, de maneira dinâmica, dentro da comunidade em que ele vive. Nesse processo intervêm basicamente os estímulos ambientais e o relacionamento afetivo.


Para avaliarmos em profundidade os distúrbios da linguagem e da fala é necessário que se conheça a seqüência e ritmo do desenvolvimento normal, e para tal seria necessário recorrer a livros especializados, o que foge ao objetivo. Para abordagem inicial, pode-se utilizar a Escala de Desenvolvimento de Denver adaptada. Além disso, considerar que, do ponto de vista fonético, a dislalia de troca (p-b, r-l, etc.) deverá normalmente ser superada aos três anos de idade e a de supressão (por exemplo, "cao"; em vez de carro) aos quatro anos.


Do ponto de vista prático, as crianças que apresentam desvios do desenvolvimento de fala e linguagem podem ser divididas em dois grandes grupos: aquelas com queixa de que não falam, e aquelas que falam pouco ou muito mal. As principais causas de um atraso nítido no aparecimento da fala, são a deficiência auditiva do tipo neurossensorial, falta de estímulos ambientais, lesões cerebrais, distúrbios neuróticos, autismo, malformações graves dos órgãos da fala, disfunção cerebral mínima e deficiência mental. A história clínica é sempre de fundamental importância para se esclarecer a natureza da doença. Aquelas crianças com lesões do sistema nervoso irão apresentar alterações grosseiras, posturais e de movimento, e sinais evidentes de espasticidade ou rigidez muscular, paralisia na língua, lábios, mandíbulas e palato.


A abordagem da criança que não fala pode ser realizada da seguinte forma: reação aos sons, reações aos gestos, reações a estímulos visuais e táteis, vocalização, função motora e respostas sociais. Além disso deverá ser feito o exame físico para afastar alterações anatômicas que possam interferir na produção dos sons: fenda labial e palatina, micrognatia, má oclusão dentária,
hipertrofia de amígdalas e adenóides, etc.

Outras causas comuns de distúrbios da linguagem são a disfunção cerebral mínima e distúrbio emocional. Na maioria das vezes as crianças portadoras de distúrbios da fala e linguagem devem ser atendidas em equipe, da qual participam o médico (neuropediatria e o otorrinolaringologista), o psicólogo e o foniatra, tanto na fase do diagnóstico quanto na terapia.


Wednesday, February 15, 2012

Problemas auditivos, como tratar


A Organização Mundial da Saúde estabelece um limite de 55 decibéis como um som confortável, mas, na capital paulistana, por exemplo, isso é quase impossível de se desfrutar. Buzinas de carros e caminhões, aviões pousando e decolando, além de obras em vários lugares tornam São Paulo entre as metrópoles mais ruidosas do mundo.

Katya Freire, fonoaudióloga e consultora da fabricante de aparelhos auditivos GN ReSound explica que “os níveis de pressão sonora elevados prejudicam a audição. Isso estará diretamente relacionado com o tempo de exposição ao ruído que a pessoa está sem proteção auditiva e o nível de pressão sonora do ambiente que ela está exposta”.

A dica da fonoaudióloga é primeiramente procurar um otorrinolaringologista aos primeiros sinais de problemas auditivos. Ele poderá diagnosticar o que está acontecendo. De acordo com o diagnóstico, o médico poderá prescrever uso de tampão, de cirurgia ou de aparelhos auditivos. 

“Os aparelhos auditivos evoluíram de maneira significativa, tanto em tecnologia quanto em design, e hoje podem ser encarados como um acessório, assim como os óculos”, acrescenta a consultora da GN ReSound. 

Por preconceito ou falta de conhecimento da tecnologia disponível no mercado, muitas pessoas acabam tendo uma qualidade de vida insatisfatória, o que poderia ser revertido se, ao menos procurassem ajuda, consultando um médico otorrinolaringologista e uma fonoaudióloga, a fim de verificar qual seria o melhor aparelho auditivo para o seu caso.




Tuesday, February 14, 2012

10 RAZÕES PELA QUAL VOCÊ DEVE USAR 2 APARELHOS AUDITIVOS:

1. MELHOR COMPREENSÃO DE FALA: Somente com um aparelho auditivo, muitos ruídos e palavras podem soar semelhantes, utilizando dois aparelhos auditivos diariamente, tem-se uma melhor compreensão das palavras;
2. MELHOR COMPREENSÃO EM GRUPO: A audição seletiva é mais facilmente alcançada pelo uso de dois aparelhos auditivos do que de um só.
3. MELHOR HABILIDADE PARA LOCALIZAR A DIREÇÃO DO SOM: Com dois aparelhos auditivos, você está mais apto a dizer de qual direção os sons estão vindo e quanto distantes eles estão.
4. MELHOR QUALIDADE SONORA: Com dois aparelhos auditivos, você consegue uma sensação melhor de recepção balanceada do som e qualidade sonora.
5. MAIOR CONFORTO AUDITIVO: Usar dois aparelhos auditivos, requer menos volume do que usar somente um, isto acaba resultando em melhor conforto auditivo.
6. OUVIR É MENOS CANSATIVO E MAIS PRAZEROSO: Muitos usuários de aparelhos binaurais (nas duas orelhas), relatam que com dois aparelhos é mais prazeroso ouvir e participar de conversações, isto porque eles não tem que esforçar-se para ouvir com o melhor ouvido.
7. CONSERVANDO OS DOIS OUVIDOS ATIVOS, PRESERVA-SE A COMPREENSÃO DE FALA NOS DOIS OUVIDOS: Pesquisas têm mostrado que quando é usado somente um aparelho auditivo, o outro ouvido tende a perder sua habilidade para ouvir e entender.
8. MASCARAMENTO DO ZUMBIDO: Cerca de 50% das pessoas com zumbido nos seus ouvidos relatam melhora quando usam dois aparelhos auditivos.
9. PREFERÊNCIA DO USUÁRIO: Quando se proporciona a escolha de ouvir com um ou dois aparelhos, a grande maioria dos usuários escolhe dois aparelhos, quando tem uma perda nos dois ouvidos.
10. SATISFAÇÃO DO USUÁRIO: Pesquisas com mais de 5.000 usuários de aparelhos auditivos com perda auditiva bilateral tem mostrado que aqueles que usam dois aparelhos estão mais satisfeitos do que aqueles adaptados apenas com um. Da mesma forma que você usa dois olhos para ver com clareza, você precisa de dois ouvidos sadios para ouvir claramente. *Texto adaptado do "Binaural Hearing Aids", por Sergei Kochin.


Wednesday, February 8, 2012

O MECANISMO DA AUDIÇÃO

O som é produzido por ondas de compressão e descompressão alternadas do ar. As ondas sonoras propagam-se através do ar exatamente da mesma forma que as ondas propagam-se na superfície da água. Assim, a compressão do ar adjacente de uma corda de violino cria uma pressão extra nessa região, e isso, por sua vez, faz com que o ar um pouco mais afastado se torne pressionado também. A pressão nessa segunda região comprime o ar ainda mais distante, e esse processo repete-se continuamente até que a onda finalmente alcança a orelha.
A orelha humana é um órgão altamente sensível que nos capacita a perceber e interpretar ondas sonoras em uma gama muito ampla de freqüências (16 a 20.000 Hz - Hertz ou ondas por segundo).
A captação do som até sua percepção e interpretação é uma seqüência de transformações de energia, iniciando pela sonora, passando pela mecânicahidráulica e finalizando com a energiaelétrica dos impulsos nervosos que chegam ao cérebro.
ENERGIA SONORA – ORELHA EXTERNA
O pavilhão auditivo capta e canaliza as ondas para o canal auditivo e para o tímpano
O canal auditivo serve como proteção e como amplificador de pressão
Quando se choca com a membrana timpânica, a pressão e a descompressão alternadas do ar adjacente à membrana provocam o deslocamento do tímpano para trás e para frente. 
Como mostrado acima, uma compressão força o tímpano para dentro e a descompressão o força para fora. Logo, o tímpano vibra com a mesma freqüência da onda. Dessa forma, o tímpano transforma as vibrações sonoras em vibrações mecânicas que são comunicadas aos ossículos (martelo, bigorna e estribo). 
ENERGIA MECÂNICA – ORELHA MÉDIA
O centro da membrana timpânica conecta-se com o cabo do martelo. Este, por sua vez, conecta-se com a bigorna, e a bigorna com o estribo. Essas estruturas, como já mencionado anteriormente (anatomia da orelha média), encontram-se suspensas através de ligamentos, razão pela qual oscilam para trás e para frente.
A movimentação do cabo do martelo determina também, no estribo, um movimento de vaivém, de encontro à janela oval da cóclea, transmitindo assim o som para o líquido coclear. Dessa forma, a energia mecânica é convertida em energia hidráulica.
Os ossículos funcionam como alavancas, aumentando a força das vibrações mecânicas e por isso, agindo como amplificadores das vibrações da onda sonora. Se as ondas sonoras dessem diretamente na janela oval, não teriam pressão suficiente para mover o líquido coclear para frente e para trás, a fim de produzir a audição adequada, pois o líquido possui inércia muito maior que o ar, e uma intensidade maior de pressão seria necessária para movimenta-lo. A membrana timpânica e o sistema ossicular convertem a pressão das ondas sonoras em uma forma útil, da seguinte maneira: as ondas sonoras são coletadas pelo tímpano, cuja área é 22 vezes maior que a área da janela oval. Portanto, uma energia 22 vezes maior do que aquela que a janela oval coletaria sozinha é captada e transmitida, através dos ossículos, à janela oval. Da mesma forma, a pressão de movimento da base do estribo apresenta-se 22 vezes maior do que aquela que seria obtida aplicando-se ondas sonoras diretamente à janela oval. Essa pressão é, então, suficiente para mover o líquido coclear para frente e para trás.
ENERGIA HIDRÁULICA – ORELHA INTERNA
À medida que cada vibração sonora penetra na cóclea, a janela oval move-se para dentro, lançando o líquido da escala vestibular numa profundidade maior dentro da cóclea. A pressão aumentada na escala vestibular desloca a membrana basilar para dentro da escala timpânica; isso faz com que o líquido dessa câmara seja empurrado na direção da janela oval, provocando, por sua vez, o arqueamento dela para fora. Assim, quando as vibrações sonoras provocam a movimentação do estribo para trás, o processo é invertido, e o líquido, então, move-se na direção oposta através do mesmo caminho, e a membrana basilar desloca-se para dentro da escala vestibular.
Movimento do líquido na cóclea quando o estribo é impelido para frente.
Imagem: GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 1981.
A vibração da membrana basilar faz com que as células ciliares do órgão de Corti se agitem para frente e para trás; isso flexiona os cílios nos pontos de contato com a membrana tectórica (tectorial). A flexão dos cílios excita as células sensoriais e gera impulsos nas pequenas terminações nervosas filamentares da cóclea que enlaçam essas células. Esses impulsos são então transmitidos através do nervo coclear até os centros auditivos do tronco encefálico e córtex cerebral. Dessa forma, a energia hidráulica é convertida em energia elétrica.
A flexão dos cílios nos pontos de contato com a membrana tectórica excita as células sensoriais, gerando impulsos nervosos nas pequenas terminações nervosas filamentares da cóclea que enlaçam essas células.

PERCEPÇÃO DA ALTURA DE UM SOM
Um fenômeno chamado ressonância ocorre na cóclea para permitir que cada freqüência sonora faça vibrar uma secção diferente da membrana basilar. Essas vibrações são semelhantes àquelas que ocorrem em instrumentos musicais de corda. Quando a corda de um violino, por exemplo, é puxada para um lado, fica um pouco mais esticada do que o normal e esse estiramento faz com que se mova de volta na direção oposta,  o que faz com que a corda se torne esticada mais uma vez, mas agora na direção oposta, voltando então à primeira posição. Esse ciclo repete-se várias vezes, razão pela qual uma vez que a corda começa a vibrar, assim permanece por algum tempo.
Quando sons de alta freqüência penetram na janela oval, sua propagação faz-se apenas num pequeno trecho da membrana basilar, antes que um ponto de ressonância seja alcançado. Como resultado, a membrana move-se forçosamente nesse ponto, enquanto o movimento de vibração é mínimo por toda a membrana. Quando uma freqüência média sonora penetra na janela oval, a onda propaga-se numa maior extensão ao longo da membrana basilar antes da área de ressonância ser atingida. Finalmente, uma baixa freqüência sonora propaga-se ao longo de quase toda a membrana antes de atingir seu ponto de ressonância. Dessa forma, quando as células ciliares próximas à base da cóclea são estimuladas, o cérebro interpreta o som como sendo de alta freqüência (agudo), quando as células da porção média da cóclea são estimuladas, o cérebro interpreta o som como de altura intermediária, e a estimulação da porção superir da cóclea é interpretada como som grave.
PERCEPÇÃO DA INTENSIDADE DE UM SOM
A intensidade de um som é determinada pela intensidade de movimento das fibras basilares. Quanto maior o deslocamento para frente e para trás, mais intensamente as células ciliares sensitivas são estimuladas e maior é o número de estímulos transmitidos ao cérebro para indicar o grau de intensidade. Por exemplo, se uma única célula ciliar próxima da base da cóclea transmite um único estímulo por segundo, a altura do som será interpretada como sendo de um som agudo, porém de intensidade quase zero. Se essa mesma célula ciliar é estimulada 1.000 vezes por segundo, a altura do som permanecerá a mesma (continuará agudo), mas a sua intensidade será extrema (a potência do som será maior devido à intensidade de movimento das fibras basilares).
ENERGIA  ELÉTRICA – DA ORELHA INTERNA AOS CENTROS AUDITIVOS DO TRONCO ENCEFÁLICO E CÓRTEX CEREBRAL
Após atravessarem o nervo coclear, os estímulos são transmitidos, como já dito anteriormente, aos centros auditivos do tronco encefálico e córtex cerebral, onde são processados.
Os centros auditivos do tronco encefálico relacionam-se com a localização da direção da qual o som emana e com a produção reflexa de movimentos rápidos da cabeça, dos olhos ou mesmo de todo o corpo, em resposta a estímulos auditivos.
O córtex auditivo, localizado na porção média do giro superior do lobo temporal, recebe os estímulos auditivos e interpreta-os como sons diferentes.
Resumindo: na orelha interna, as vibrações mecânicas se transformam em ondas de pressão hidráulica que se propagam pela endolinfa. A vibração da janela oval, provocada pela movimentação da cadeia ossicular, move a endolinfa e as células ciliares do órgão de Corti, gerando um potencial de ação que é transmitido aos centros auditivos do tronco encefálico e do córtex cerebral. 



Tuesday, February 7, 2012

Deficiência auditiva


alfabeto por sinais

Dona de um Curriculum invejável em tudo o que se relaciona a deficiências auditivas e à fonoaudiologia, Ana Maria Amaral Roslyng Jensen escreveu um trabalho interessante que está na Internet e que se intitula "O Começo" . Ao seu final ela afirma:

"Atualmente a idade média de detecção de perdas auditivas significativas é de 14 meses (1999). A meta por enquanto, da Academia Americana de Pediatria, de Audiologia e do Joint Committee on Infant Hearing para o ano 2000, é que as deficiências de audição sejam detectadas antes dos 3 meses e os procedimentos de reabilitação, orientação familiar e colocação de próteses auditivas (aparelhos) não ultrapassem os 6 meses.
ouvido
E por que é tão crítico este período? Por motivos orgânicos, funcionais e cognitivos o ser humano é programado para desenvolver a fala e a linguagem entre o nascimento e a idade de 2 anos.

Mesmo perdas moderadas levam a sérios efeitos no processo de desenvolvimento da fala, linguagem e cognição. Cognição está presente desde o berço. Não é conhecimento escolar, mostra-se na habilidade de uma criança brincar. Brincar começa com a vida na relação do bebê com a mãe.

Quando vamos ao parque e assistimos crianças brincando na areia, fazendo bolo ou empurrando carrinhos, elas além de brincar estão usando a cognição para representação de seu mundo interno.

É lindo de ver! É triste de pensar que a criança que não pode ouvir desde o nascimento ficará privada desta maravilha e outras funções na vida se não for auxiliada cedo.
Fica aqui a mensagem: Temos a obrigação e o dever de prevenir, diagnosticar e educar para mais tarde termos pessoas adultas que possam vencer barreiras, que as deficiências auditivas trazem e tornar-se cidadãos úteis, independentes, integrados e se possível mais felizes".

São muito os fatores que levam à deficiência auditiva ou surdez. É muito interessante que conheçamos algumas indicações para reconhecermos sinais de deficiência auditiva, como prevenir o mal e como lidar com a situação. No sentido de facilitar o leitor e de não ficar repetindo materiais já elaborados, transcrevemos a seguir aquele que foi compilado, preparado e finalizado pela Associação Amigos Metroviários dos Excepcionais - AME, que foi colocado no site de Entre Amigos:

"Deficiência Auditiva - O que é

Deficiência auditiva é o nome usado para indicar perda de audição ou diminuição na capacidade de escutar os sons. Qualquer problema que ocorra em alguma das partes do ouvido pode levar a uma deficiência na audição. Entre as várias deficiências auditivas existentes, há as que podem ser classificadas como condutiva, mista ou neurossensorial. A condutiva é causada por um problema localizado no ouvido externo e/ou médio, que tem por função "conduzir" o som até o ouvido interno.

Esta deficiência, em muitos casos, é reversível e geralmente não precisa de tratamento com aparelho auditivo, apenas cuidados médicos. Se ocorre uma lesão no ouvido interno, há uma deficiência que recebe o nome de "neurossensorial". Nesse caso, não há problemas na "condução" do som, mas acontece uma diminuição na capacidade de receber os sons que passam pelo ouvido externo e ouvido médio. A deficiência neurossensorial faz com que as pessoas escutem menos e também tenham maior dificuldade de perceber as diferenças entre os sons.

A deficiência auditiva mista ocorre quando há ambas perdas auditivas: condutiva e neurossensorial numa mesma pessoa. 

O que causa a deficiência auditiva?

São várias as causas que levam à deficiência auditiva. A deficiência auditiva condutiva, por exemplo, tem como um dos fatores o acúmulo de cera no canal auditivo externo, gerando perda na audição. Outra causa são as otites. Quando uma pessoa tem uma infecção no ouvido médio, essa parte do ouvido pode perder ou diminuir sua capacidade de "conduzir" o som até o ouvido interno.

No caso da deficiência neurossensorial, há vários fatores que a causam, sendo um deles o genético. Algumas doenças, como rubéola, varíola ou toxoplasmose, e medicamentos tomados pela mãe durante a gravidez podem causar rebaixamento auditivo no bebê. Também a incompatibilidade de sangue entre mãe e bebê (fator RH) pode fazer com que a criança nasça com problemas auditivos. Uma criança ou adulto com meningite, sarampo ou caxumba também pode ter como seqüela a deficiência auditiva.

Infecções nos ouvidos, especialmente as repetidas e prolongadas e a exposição freqüente a barulho muito alto também podem causar deficiência auditiva.

Como reconhecer

É extremamente importante que a deficiência auditiva seja reconhecida o mais precocemente possível. Para tanto, os pais ou responsáveis devem observar as reações auditivas da criança. Os especialistas da área são enfáticos quanto à necessidade de tratamento o mais cedo possível.
Nos primeiros meses o bebê reage a sons como o de vozes ou de batidas de portas, piscando, assustando-se ou cessando seus movimentos. Por volta do quarto ou quinto mês a criança já procura a fonte sonora, girando a cabeça ou virando seu corpo.
Se o bebê não reage a sons de fala, os pais devem ficar atentos e procurar aconselhamento com o pediatra, pois desde cedo o bebê distingue, pela voz, as pessoas que convivem com ele diariamente.
Deve-se também estar atento à criança que:
- assiste à televisão muito próxima do aparelho e que pede sempre para que o volume seja aumentado;
- só responde quando a pessoa fala de frente para ela; não reage a sons que não pode ver;
- pede que repitam várias vezes o que lhe foi dito, perguntando "o quê?", "como?" ou
- tem problemas de concentração na escola.
Crianças com problemas comportamentais também podem estar apresentando dificuldades auditivas. Até uma ligeira perda na capacidade de percepção auditiva pode influenciar o comportamento e o desenvolvimento da criança.

O que fazer

aparelhos auditivos
Uma vez constatada a deficiência, deve-se buscar um especialista em Otorrinolaringologia ou Fonoaudiologia o quanto antes. É necessário realizar um teste auditivo e outros exames médicos para localizar a deficiência.

Detectada a deficiência auditiva, avalia-se a necessidade e a importância da indicação correta de um aparelho auditivo, o qual deve estar adaptado às necessidades específicas de cada pessoa.

aparelho auditivo
No caso da deficiência em crianças, deve-se observar que há diferentes tipos de problemas auditivos e deve-se recorrer a métodos que melhor se adaptem às necessidades de cada criança.

Sempre que recomendado pelo especialista, o aparelho de amplificação de som individual deve ser providenciado o mais cedo possível. Deve haver também cuidados com sua manutenção para que um aparelho quebrado ou mau ajustado não prejudique ainda mais a criança com deficiência.

Dependendo do grau de deficiência auditiva, a educação especial deve ser indicada e iniciada o quanto antes.

Como evitar 

Há várias formas de se evitar a deficiência auditiva. A mulher deve sempre tomar a vacina contra a rubéola, de preferência antes da adolescência, para que durante a gravidez esteja protegida contra a doença. Se a gestante tiver contato com rubéola nos primeiros três meses de gravidez, o bebê pode nascer com problemas de audição.

Também devem ser evitados objetos utilizados para "limpar" os ouvidos, como grampos, palitos ou outros pontiagudos. Outro cuidado a ser observado é para a criança não introduzir nada nos ouvidos, correndo-se o risco de causar lesões no aparelho auditivo. Se isto ocorrer, o objeto não deve ser retirado em casa. A vítima deve procurar atendimento médico.

Saiba Mais
Muito mais poderá ser objeto de seu interesse, quando se discute a deficiência auditiva. Dentre os muitos sites existentes, procure acessar, na Internet, aquele mantido pelo Governo Federal Brasileiro, por meio de seus Ministérios da Educação e do Desporto, que se intitula: Educação Especial - Deficiência Auditiva, no seguinte endereço eletrônico: http://www.ines.org.br/ines_livros/livro.htm.

Pavilhão Auditivo
No Brasil, segundo o Decreto 3298, de 20 de dezembro de 1999, em seu Artigo 4o , ficou estabelecido que a deficiência auditiva é a "perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando de graus e níveis na forma seguinte:

a) de 25 a 40 decibéis (db) - surdez leve;
b) de 41 a 55 db - surdez moderada;
c) de 56 a 70 db - surdez acentuada;
d) de 71 a 90 db - surdez severa;
e) acima de 91 db - surdez profunda; e
f) anacusia. " Inteire-se sobre o problema da deficiência auditiva em idosos,