Monday, April 2, 2012

Viagens aéreas podem desencadear problemas auditivos

Mudança de altitude aumenta os riscos de sangramento no ouvido

O Carnaval é aquela data convidativa para aproveitar e descansar durante quatro dias e, por isso, muitas pessoas optam em fazer uma viagem. Ainda que muitos escolham fazer o percurso de carro ou de ônibus, a ponte aérea é uma das alternativas disponíveis para aqueles que decidem economizar tempo. No entanto, o que sobra em tempo pode faltar em saúde. Essas viagens podem causar transtornos à audição, segundo a otorrinolaringologista e presidente do Instituto Ganz Sanchez, Dra. Tanit Sanchez.


 Não apenas em viagens aéreas, mas em situações de mergulho, pode ocorrer um episódio de pressão no ouvido. Em qualquer um desses casos, quando há a mudança de altitude, o corpo responde com “uma abertura de um canal existente entre o nariz e o ouvido, chamado de tuba auditiva. Essa tuba normalmente é fechada, mas quando acontece esse tipo de circunstância, esse canal abre fazendo com que o ar entre e se feche novamente. Dessa forma é que ocorre a pressão”, revela a especialista.


 A mudança de altitude facilita o surgimento do problema, uma vez que o ouvido não acompanha essa modificação que o corpo sofre. Com a ausência da passagem de ar pelo nariz, o ouvido entope e, se não liberada a circulação de ar na região, o indivíduo passa a sentir dores. No entanto, esse processo é comum durante as viagens e essa pressão é corriqueira para todos, já que esse mecanismo se faz presente apenas durante o trajeto. Concluído o destino, essa sensação deve estacionar.


 Porém, alguns episódios podem provocar secreções nasais. Os indivíduos com diagnóstico de gripe, sinusite, resfriado e desvio de septo, mais suscetíveis ao problema, já que não conseguem abrir a tuba auditiva e enviar o ar para o restante do corpo. “Os problemas de ouvido interferem na passagem de ar e prejudicam o funcionamento do nariz e ouvido. Nesses casos, não é possível equalizar a pressão e o ouvido tampa. A partir daí, o órgão não consegue fazer o mecanismo de compensação”, rafirma a especialista.


Além do clássico sintoma do ouvido tampado, algumas pessoas podem sentir zumbidos como o som agudo de um apito, enquanto que outras podem desenvolver um sangramento atrás do tímpano, que só é percebido em exames específicos. Normalmente, a coloração do local é cinza e, quando há o problema de fato, a cor do órgão está avermelhada. O cuidado deve ser ainda maior nesses casos, pois esse sangramento não costuma vazar, dependendo do grau da lesão

Medidas preventivas


Para evitar correr o risco de arruinar a viagem e desenvolver tais transtornos, algumas atitudes precisam ser adotadas e, especialmente, intensificar os cuidados nasais. “Esse desconforto pode ser minimizado com o uso de medicamentos antialérgicos ou descongestionantes na véspera da viagem. Uma consulta ao otorrinolaringologista também é recomendada, visto que algumas pessoas apresentam problemas permanentes com o nariz e, em alguns casos, a cirurgia é a melhor opção para facilitar a respiração e reduzir a secreção”, aconselha a Dra. Tanit Sanchez.



Outros truques podem ser feitos na hora do desembarque como mastigar um chiclete ou o ato de engolir, que auxiliam na desobstrução da cavidade nasal. Manter a boca fechada e fazer força com o nariz também pode ser um método para equalizar a pressão. Portanto, seguindo essas recomendações, certamente você desfrutará de um Carnaval com tranquilidade e longe dos problemas auditivos.


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