Tuesday, February 7, 2012

Deficiência auditiva


alfabeto por sinais

Dona de um Curriculum invejável em tudo o que se relaciona a deficiências auditivas e à fonoaudiologia, Ana Maria Amaral Roslyng Jensen escreveu um trabalho interessante que está na Internet e que se intitula "O Começo" . Ao seu final ela afirma:

"Atualmente a idade média de detecção de perdas auditivas significativas é de 14 meses (1999). A meta por enquanto, da Academia Americana de Pediatria, de Audiologia e do Joint Committee on Infant Hearing para o ano 2000, é que as deficiências de audição sejam detectadas antes dos 3 meses e os procedimentos de reabilitação, orientação familiar e colocação de próteses auditivas (aparelhos) não ultrapassem os 6 meses.
ouvido
E por que é tão crítico este período? Por motivos orgânicos, funcionais e cognitivos o ser humano é programado para desenvolver a fala e a linguagem entre o nascimento e a idade de 2 anos.

Mesmo perdas moderadas levam a sérios efeitos no processo de desenvolvimento da fala, linguagem e cognição. Cognição está presente desde o berço. Não é conhecimento escolar, mostra-se na habilidade de uma criança brincar. Brincar começa com a vida na relação do bebê com a mãe.

Quando vamos ao parque e assistimos crianças brincando na areia, fazendo bolo ou empurrando carrinhos, elas além de brincar estão usando a cognição para representação de seu mundo interno.

É lindo de ver! É triste de pensar que a criança que não pode ouvir desde o nascimento ficará privada desta maravilha e outras funções na vida se não for auxiliada cedo.
Fica aqui a mensagem: Temos a obrigação e o dever de prevenir, diagnosticar e educar para mais tarde termos pessoas adultas que possam vencer barreiras, que as deficiências auditivas trazem e tornar-se cidadãos úteis, independentes, integrados e se possível mais felizes".

São muito os fatores que levam à deficiência auditiva ou surdez. É muito interessante que conheçamos algumas indicações para reconhecermos sinais de deficiência auditiva, como prevenir o mal e como lidar com a situação. No sentido de facilitar o leitor e de não ficar repetindo materiais já elaborados, transcrevemos a seguir aquele que foi compilado, preparado e finalizado pela Associação Amigos Metroviários dos Excepcionais - AME, que foi colocado no site de Entre Amigos:

"Deficiência Auditiva - O que é

Deficiência auditiva é o nome usado para indicar perda de audição ou diminuição na capacidade de escutar os sons. Qualquer problema que ocorra em alguma das partes do ouvido pode levar a uma deficiência na audição. Entre as várias deficiências auditivas existentes, há as que podem ser classificadas como condutiva, mista ou neurossensorial. A condutiva é causada por um problema localizado no ouvido externo e/ou médio, que tem por função "conduzir" o som até o ouvido interno.

Esta deficiência, em muitos casos, é reversível e geralmente não precisa de tratamento com aparelho auditivo, apenas cuidados médicos. Se ocorre uma lesão no ouvido interno, há uma deficiência que recebe o nome de "neurossensorial". Nesse caso, não há problemas na "condução" do som, mas acontece uma diminuição na capacidade de receber os sons que passam pelo ouvido externo e ouvido médio. A deficiência neurossensorial faz com que as pessoas escutem menos e também tenham maior dificuldade de perceber as diferenças entre os sons.

A deficiência auditiva mista ocorre quando há ambas perdas auditivas: condutiva e neurossensorial numa mesma pessoa. 

O que causa a deficiência auditiva?

São várias as causas que levam à deficiência auditiva. A deficiência auditiva condutiva, por exemplo, tem como um dos fatores o acúmulo de cera no canal auditivo externo, gerando perda na audição. Outra causa são as otites. Quando uma pessoa tem uma infecção no ouvido médio, essa parte do ouvido pode perder ou diminuir sua capacidade de "conduzir" o som até o ouvido interno.

No caso da deficiência neurossensorial, há vários fatores que a causam, sendo um deles o genético. Algumas doenças, como rubéola, varíola ou toxoplasmose, e medicamentos tomados pela mãe durante a gravidez podem causar rebaixamento auditivo no bebê. Também a incompatibilidade de sangue entre mãe e bebê (fator RH) pode fazer com que a criança nasça com problemas auditivos. Uma criança ou adulto com meningite, sarampo ou caxumba também pode ter como seqüela a deficiência auditiva.

Infecções nos ouvidos, especialmente as repetidas e prolongadas e a exposição freqüente a barulho muito alto também podem causar deficiência auditiva.

Como reconhecer

É extremamente importante que a deficiência auditiva seja reconhecida o mais precocemente possível. Para tanto, os pais ou responsáveis devem observar as reações auditivas da criança. Os especialistas da área são enfáticos quanto à necessidade de tratamento o mais cedo possível.
Nos primeiros meses o bebê reage a sons como o de vozes ou de batidas de portas, piscando, assustando-se ou cessando seus movimentos. Por volta do quarto ou quinto mês a criança já procura a fonte sonora, girando a cabeça ou virando seu corpo.
Se o bebê não reage a sons de fala, os pais devem ficar atentos e procurar aconselhamento com o pediatra, pois desde cedo o bebê distingue, pela voz, as pessoas que convivem com ele diariamente.
Deve-se também estar atento à criança que:
- assiste à televisão muito próxima do aparelho e que pede sempre para que o volume seja aumentado;
- só responde quando a pessoa fala de frente para ela; não reage a sons que não pode ver;
- pede que repitam várias vezes o que lhe foi dito, perguntando "o quê?", "como?" ou
- tem problemas de concentração na escola.
Crianças com problemas comportamentais também podem estar apresentando dificuldades auditivas. Até uma ligeira perda na capacidade de percepção auditiva pode influenciar o comportamento e o desenvolvimento da criança.

O que fazer

aparelhos auditivos
Uma vez constatada a deficiência, deve-se buscar um especialista em Otorrinolaringologia ou Fonoaudiologia o quanto antes. É necessário realizar um teste auditivo e outros exames médicos para localizar a deficiência.

Detectada a deficiência auditiva, avalia-se a necessidade e a importância da indicação correta de um aparelho auditivo, o qual deve estar adaptado às necessidades específicas de cada pessoa.

aparelho auditivo
No caso da deficiência em crianças, deve-se observar que há diferentes tipos de problemas auditivos e deve-se recorrer a métodos que melhor se adaptem às necessidades de cada criança.

Sempre que recomendado pelo especialista, o aparelho de amplificação de som individual deve ser providenciado o mais cedo possível. Deve haver também cuidados com sua manutenção para que um aparelho quebrado ou mau ajustado não prejudique ainda mais a criança com deficiência.

Dependendo do grau de deficiência auditiva, a educação especial deve ser indicada e iniciada o quanto antes.

Como evitar 

Há várias formas de se evitar a deficiência auditiva. A mulher deve sempre tomar a vacina contra a rubéola, de preferência antes da adolescência, para que durante a gravidez esteja protegida contra a doença. Se a gestante tiver contato com rubéola nos primeiros três meses de gravidez, o bebê pode nascer com problemas de audição.

Também devem ser evitados objetos utilizados para "limpar" os ouvidos, como grampos, palitos ou outros pontiagudos. Outro cuidado a ser observado é para a criança não introduzir nada nos ouvidos, correndo-se o risco de causar lesões no aparelho auditivo. Se isto ocorrer, o objeto não deve ser retirado em casa. A vítima deve procurar atendimento médico.

Saiba Mais
Muito mais poderá ser objeto de seu interesse, quando se discute a deficiência auditiva. Dentre os muitos sites existentes, procure acessar, na Internet, aquele mantido pelo Governo Federal Brasileiro, por meio de seus Ministérios da Educação e do Desporto, que se intitula: Educação Especial - Deficiência Auditiva, no seguinte endereço eletrônico: http://www.ines.org.br/ines_livros/livro.htm.

Pavilhão Auditivo
No Brasil, segundo o Decreto 3298, de 20 de dezembro de 1999, em seu Artigo 4o , ficou estabelecido que a deficiência auditiva é a "perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando de graus e níveis na forma seguinte:

a) de 25 a 40 decibéis (db) - surdez leve;
b) de 41 a 55 db - surdez moderada;
c) de 56 a 70 db - surdez acentuada;
d) de 71 a 90 db - surdez severa;
e) acima de 91 db - surdez profunda; e
f) anacusia. " Inteire-se sobre o problema da deficiência auditiva em idosos,



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